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Sabes que eu te conheço melhor que ninguém... – dizia Marcos, depois de
insistir com Ania de que ela não estava bem.
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Já me ligaram imensas vezes da polícia de La Plata...
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A sério? – aproximou-se de Ania, segurando-lhe as mãos – tiveste de...
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Eu não consegui fazer nada – olhou-o séria, acabando por sorrir – eu tenho
muita sorte em ter-te na minha vida, não haja mesmo duvidas disso.
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Ania...não fujas ao assunto.
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Podias, apenas, não falar dele – Ania deixou o seu corpo cair sobre o de
Marcos, mantendo-se sentada mas com a cabeça em cima do ombro do marido –
provavelmente querem que eu confirme o que aconteceu, que conte tudo e...eu não
quero ter de recordar tudo. Muito menos denunciar o meu irmão...aos poucos, eu
vou começando a não pensar no que aconteceu, nós saímos de La Plata para
Moscovo e agora estamos em Lisboa e eu consegui afastar-me dele e não o ver faz
com que me esqueça mas...
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Shh – Marcos levou a sua mão até à coxa de Ania, beijando-lhe a cabeça – não
vamos, então, fazer qualquer chamada para La Plata nem atender nenhuma.
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Obrigada por entenderes...
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Estamos casados, eu tenho de te ouvir e compreender o que tens para me dizer.
Mais do que te dizer o que deves ou não fazer, eu tenho de compreender porque o
queres fazer.
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Se calhar, são poucos os homens que pensariam assim... – os dois olhavam-se,
mas acabaram por despertar de todo aquele ambiente quando o telemóvel de Ania
deu sinal de notificação de um email – devem querer fazer uma entrevista
contigo e estão a ver se eu te consigo persuadir – os dois riram-se e Ania
começou a ler o email.
Boa tarde, Ania Gottardi Rojo.
Estamos a tentar contacta-la por parte da policia
federal de La Plata. Depois de tentarmos faze-lo por telefone, percebemos que
não está receptível a falar connosco. Compreendemos que a situação seja
delicada e, por isso mesmo, estamos a enviar-lhe este email. Queremos que o seu
depoimento venha por escrito e no prazo máximo de três dias. O seu irmão já
confirmou tudo mas precisamos de ter o seu depoimento. Se optar por não o
fazer, iremos manter o seu irmão em prisão preventiva até que sejam reunidas
todas as provas dos acontecimentos.
Esperamos pela sua colaboração.
Sem mais assunto,
Policia Federal de La Plata.
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Que se passa? – perguntou Marcos depois de ver a sua mulher atirar com o
telemóvel para cima da mesa de centro.
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É a polícia. Ou faço o meu depoimento dentro de três dias ou mantêm o Lucas em
prisão preventiva até reunirem todas as provas.
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Então ele ficaria em prisão preventiva até acabarem a investigação?
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Pois, muito provavelmente seria isso...
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Sabes – Marcos agarrou a mão de Ania, olhando-a – independentemente do que
queiras fazer eu ajudo-te em tudo o que puder. Mas não faz sentido nenhum...se
o Lucas já confessou porque é que estão a insistir com tudo isto?
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Eu não sei. Mas eu não o posso deixar muito tempo na prisão...o Lucas não iria
aguentar e, sabe-se lá do que é que ele seria capaz de fazer.
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Vais escrever?
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Vou. Não sei quando, mas vou.
Ania
levantou-se do sofá. Precisou de sair até ao exterior da casa, precisava de
apanhar ar e aclarar as suas ideias. Precisava de tomar uma decisão. Que não
fazia a mais pequena ideia de qual seria.
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O Marcos?
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Tu, que és o agente dele, não sabes onde anda o menino? – Ania falava com o
irmão, Martin. O representante de Marcos.
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Oh, não sejas parva. Eu não ando a seguir o teu marido para todo o lado, não é?
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Se o fizesses eras capaz de ver coisas que não devias...
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Ania! Menos dessas coisas perversas.
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Até parece que não as fazes com a tua namorada, mas enfim.
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Respondes à minha pergunta ou não? – Martin sentou-se no sofá, olhando para a
irmã que se ria.
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Ele foi a uma sessão de autógrafos.
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Ah, então estamos sozinhos, é?
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Estamos...porquê?
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É o Lucas...
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Já não chegou o meu depoimento? O que é que querem mais? Passou um
mês...estamos tão perto do Natal, o que é que podem querer mais?
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Os advogados do Lucas fizeram o pedido para o libertarem durante os dias do
Natal. Foi aceite e...ele vai passar o Natal a casa.
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Como assim?
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Ele vai a casa durante o Natal.
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Mas...não vai estar lá ninguém – Ania começou a estranhar tudo aquilo. Lucas
não iria passar o Natal sozinho, com certeza – quem é que não vem? – sim, Ania
apercebeu-se que alguém que estava em La Plata não viesse passar o Natal com
eles a Portugal.
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Na verdade...sou eu que vou a La Plata.
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Tu? – não esperava, de todo, aquela atitude por parte de Martin. Ele esteve
bastante entusiasmado com o natal ali em casa, estava empolgado por ser o
primeiro natal com a sua sobrinha. Ania não esperava mesmo que Martin tomasse
tal decisão.
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Eu sei que, se calhar, não estavas à espera mas surgiram umas coisas
complicadas que só falei com o Marcos, e foi ontem não te zangues com ele –
Ania viu Martin agarrar-se à cabeça e depressa sentiu o seu coração disparar.
Não fazia ideia do que se estaria a passar com o seu irmão, o seu Martín – eu e
a Romina estamos a tentar ser pais – Matin olhou para a irmã, esboçando um
pequeno sorriso – a Morena e o Diego – o filho de Francisco – vieram trazer à
nossa família uma alegria imensa e...eu e a Romina queremos muito levar a nossa
relação a outro patamar. Mas não o queremos fazer em Portugal.
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Não?
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Não. Nós queremos voltar para La Plata e para as nossas vidas mais calmas. Eu
já falei tudo com o Marcos para lhe arranjar um novo representante e ele
concordou. Eu quero dar estabilidade à Romina no nosso país, quero criar lá a
minha família.
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E...que complicações surgiram?
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Vamos ter de fazer tratamentos de fertilidade – Ania olhava para o irmão
recordando tudo o que tinha vivido. Sabia o quão difícil esses tratamentos
poderiam ser, o quanto poderiam não dar certo. Agarrou as mãos de Lucas,
passando com a sua mão pela face do irmão.
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Tudo o que precisarem nós estaremos sempre todos ao vosso lado.
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Obrigada, maninha – Martin abraçou a irmã, dando-lhe um beijo na testa – queria
pedir-te uma coisa – Ania olhou-o, acenando afirmativamente com a cabeça –
podes dar o número do teu médico lá de La Plata à Romina?
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Claro, claro. Ela ficará, sem dúvida, em óptimas mãos. Quando é que vão?
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Amanhã.
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E só me avisaste hoje? Oh Martin! Isso assim não dá com nada!
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Por favor, não chores. Nós só estamos a umas horas de viagem, nada mais.
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Oh, mesmo assim...devias ter-me dado tempo para fazer um jantar de despedida.
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Temos tempo para jantar hoje!
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Isso temos...
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Então está feito – Martin levantou-se, começando a caminhar em direção da porta
de casa – eu vou buscar a Romina e depois volto para jantarmos todos.
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Tu querias era um jantar hoje, estou a ver.
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Conheces-me, maninha – os dois riram-se e Martin saiu de casa, deixando Ania,
mesmo assim, atordoada. Não estava nada à espera destas mudanças tão
repentinas.
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Ania? – a voz de Marcos fez-se ouvir na cozinha e Ania depressa foi ter com ele
à sala.
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Que foi?
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Acho que ela quer começar a andar!
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Achas...tu já andas a achar isso desde que ela tinha cinco meses, Marcos – os
dois riram-se e Ania sentou-se ao lado de Marcos no chão. Olhavam os dois para
Morena, com os seus maravilhosos onze meses. A menina fazia varias tentativas
para se colocar de pé, mas sem sucesso – eu acho que continuam a ser apenas
tentativas de se colocar em pé, Marcos. Lamento informar.
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Oh! Quando é que ela irá começar a andar?
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Temos de dar tempo – Ania levantou-se passando com a sua mão pela cabeça de
Marcos – vamos à praia lá mais para a tardinha?
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Queres ir à praia?
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Apetecia-me por acaso...
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Por mim, podemos ir sim senhora. Vamos à praia bebé! – Marcos olhou para a
filha, batendo palmas. Morena bateu palmas também levando, depois, as suas mãos
ao chão e colocando-se de pé – Ania, tu estás a ver?
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Estou Marcos. Tu não faças nenhum escândalo, por favor. Ainda assustas a menina.
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Ela...ela vai andar! – estavam tão sossegados os dois que Morena se começou a
rir. Marcos esticou os seus braços em direcção da filha que, com uma calma
enorme começou a caminhar para os braços do pai.
Ania
sorria com todo aquele momento, memorizando aquele momento para sempre. Não só
na sua cabeça como em imagem. Eram os primeiros passos da sua bebé.
Morena
chegou perto de pai, atirando-se para ele. Riu-se e bateu palmas como se
percebesse que aquilo era uma vitória para ela também.
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Agora é que vai começar a correria aqui por casa, prepara-te!
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Vamos ter treinos para maratonas com ela – os dois riram-se e Ania, antes de
voltar à cozinha, deu um beijo na bochecha da filha.
Aproveitou o caminho de
volta à cozinha para partilhar uma imagem no seu instagram.
Que comecem as corridas! Os primeiros passos estão dados! |
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Nunca pensei que estes dois quisessem vir também – atirou Marcos, referindo-se
a André é Iara.
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Deves estar cá com um medo que eu afugente as tuas fãs...! – disse André,
fazendo com que Ania e Iara se rissem – vês, até elas concordam comigo!
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Cala-te, oh! – Marcos atirou com uma pá de Morena a André, recebendo-a de volta
– podias ter acertado na miúda oh!
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Eu não sou zarolho como tu, deixa lá!
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Mas vocês hoje tiraram o dia para serem miúdos pequenos ou é impressão minha? –
Ania acabou por interromper.
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É o teu marido!
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E tu juntaste à festa... – comentou Iara.
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Sempre a deitar uma pessoa abaixo – André levantou-se olhando para todos –
querem que vos traga alguma coisa?
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Não, obrigada – respondeu Ania, vendo que Iara se levantava também.
- Eu vou contigo –
juntou-se a André e os dois começaram a andar em direção do pequeno bar da
praia. Ania olhava para Marcos que brincava com Morena na areia. Fotografou-os,
aproximando-se do marido.
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Está tudo bem? – perguntou Marcos, olhando para a mulher.
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Melhor não poderia estar, Marcos – Ania levou a sua mão até à cabeça de Marcos,
fazendo-lhe pequenos círculos sobre a mesma.
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O Martín ligou-me de manhã – Marcos olhou-a, mantendo-se a mexer na pá e nos
brinquedos de Morena – tens falado com eles?
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Sim, mais com a Romi dadas as circunstâncias...
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O teu irmão parece um pouco pessimista.
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A sério? – Ania sentou-se no areal, ao lado de Morena, olhando assim de frente
para o marido – o que é que ele te disse?
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Acho que eles estão a passar uma fase estranha...o Martín diz que a Romi o
começou a rejeitar. O teu irmão acha que ela está a precisar de falar com
outras pessoas mas que, simplesmente, não quer.
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Se eles, ao menos, estivessem cá connosco...o médico disse que esta será a
última grande esperança que eles têm, Marcos. Ela já fez todo o tipo de
tratamento possível, ela não pode continuar assim...deviam começar a pensa em
todas outras hipóteses. Adopção, barriga de aluguer...porque está tudo bem com
ela e o meu irmão.
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Seria possível achar uma barriga de alugar lá?
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Creio que não. Tinham de ir fazer isso a outro lado, mas se fosse a melhor
opção deles...
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Vamos ter de esperar pelo fim deste tratamento... – Ania olhou para Morena,
visivelmente alegre e coberta de areia – quando chegar a casa vai ser tirar
areia de todos os lados – Ania acabou por se rir com aquele comentário do
marido.
Acabaram
por terminar o assunto de Romina e Martín, brincando com a filha na areia. Iara
e André voltaram para junto deles, visivelmente animados.
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Olha estes dois já foram fazer um filho! – atirou Marcos.
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Andas cá um engraçadinho, tu – Iara deu-lhe uma palmada nas costas, sentando-se
no areal ao lado de Ania.
Adoreiii! A Morena é tão querida!
ResponderEliminarHolla!...gostei muito deste capitulo e vou já ler o próximo ;)
ResponderEliminarBesitos :*
Ola! Adorei!
ResponderEliminarA More ta tao linda! E aquelas fotos! *_*
Vou ao próximo!