sábado, 20 de setembro de 2014

31º Capitulo: “Ressonas, não é muito, mas ressonas.”

Saíram de Lisboa às duas da manhã e chegaram à Ilha do Sal às duas da manha, hora de Cabo Verde. A diferença horária era de duas horas, sendo que não se fez sentir. Aproveitaram a noite para dormir já que iriam aproveitar cada segundo do fim-de-semana só para eles. Tinham decidido desligar-se das redes sociais e dos telemóveis, aproveitando apenas o que aquele lugar lhes iria dar.
Ania, depois de ter acordado do coma era sempre a primeira a acordar contudo, na primeira manhã em Cabo Verde era Marcos quem acordava primeiro e, depois de ter pedido o pequeno-almoço e de o terem trazido é que pensou em acordar Ania.
Deitou-se ao lado dela, passando a sua mão pelas costas da rapariga, mesmo por cima do top que Ania tinha vestido.
- Princesa? - Marcos depositou um pequeno beijo nos lábios de Ania passando, em seguida, para o ombro dela onde deixou vários e curtos beijos - Está na hora de acordar, dorminhoca.
- Hum...já estás acordado? - Ania achou aquilo estranho, já estava habituada a ser ela a acordar primeiro e ficar, todos os dias, a olhar Marcos.
- Já. Pedi o pequeno-almoço, que está à tua espera, e és linda a dormir - com tal afirmação de Marcos, Ania abriu os olhos vendo Marcos a sorrir para ela.
- Tu...bateste com a cabeça?
- Não, lá por dizer à minha namorada que ela é linda a dormir não significa que tenha batido com a cabeça.
- Tu também és lindo a dormir, Marcos. Nunca te disse mas, desde que voltei a casa, tenho acordado sempre primeiro que tu e fico largos minutos a olhar só para ti.
- A sério?
- Sim. E...Marcos, tu começaste a ressonar!
- Isso é mentira, Ania Gottardi!
- Não, não é fofinho. Ressonas, não é muito, mas ressonas.
- E tu metes os teus pés junto dos meus quando os tens frios.
- E tu...e tu metes as tuas mãos frias nas minhas costas!
- E eu amo-te - Ania riu-se, beijando Marcos.
- E eu amo-te a ti - os dois voltaram a beijar-se para, de seguida, tomarem o pequeno-almoço.


A praia onde estavam, encontrava-se praticamente deserta. Eram poucas as pessoas por ali, talvez devido à altura do ano em que estavam. Fim de Outubro são poucas as pessoas que estão de férias ou que podem, simplesmente, tirar o fim-de-semana para ir ali.
- Vamos sair daqui com um bronze de meter inveja lá ao pessoal - comentou Marcos, pegando na mão de Ania. Os dois estavam deitados, cada um, na sua espreguiçadeira sobre o areal da praia.
- E com as energias recarregadas para o que aí vem!
- Os tratamentos? - Mesmo estando ali para descansarem, são assuntos que estão cada vez mais presentes no dia-a-dia do casal.
- Sim...terça vou falar com o médico. Ele deve arranjar-me alguém especializado no assunto e depois...é fazer tudo para que os resultados surjam.
- Não achas que é cedo demais?
- Não...acho que não. Os tratamentos devem demorar a fazer efeito, deve ser um processo longo e demorado... - Ania sentou-se na espreguiçadeira, virada para Marcos segurando a mão dele - Eu preciso de saber se...tu queres realmente ser pai. Se queres mesmo estar comigo...
Marcos sentou-se, também, na sua espreguiçadeira agarrando na outra mão de Ania.
- Sabes perfeitamente que eu te amo, que estes dois anos juntos têm sido os melhores da minha vida. Ser pai...só quero ser pai se tu fores a mãe dos meus filhos. Se, para isso, tivermos de fazer tratamentos, se precisarmos de ir à lua para conseguirmos ser pais...eu faço tudo para isso. Nós só desistimos de ser pais no dia em que nos disserem que isso é completamente impossível.
- Vamos pensar que esse dia nunca chegará?
- Sim!
- Obrigada por seres o melhor namorado do mundo, Marcos.
- Só o faço porque te amo, porque és a melhor namorada do mundo! - Marcos aproximou-se de Ania, beijando-a - Eu vou estar do teu lado todos os dias, em todos os tratamentos e nos treinos… - Marcos levou as suas mãos até às costas de Ania, roçando o seu nariz no dela.
- Oh sim, sim! Nos treinos é que tu não podes faltar não. Os teus genes são precisos para fazer um bebé perfeito.
- Terei todo o gosto em fornecer genes à futura sementinha - os dois riram-se, voltando a beijar-se.
- És tão doido.
- Só um bocadinho...e é por ti.
- Ai que vou ficar cheia de mimo, vou.
- Mereces, Cinderela - Marcos voltou a beijá-la, quebrando o beijo algum tempo depois - vamos à água?
- Vamos - os dois levantaram-se caminhando em direcção da água, sempre agarrados um ao outro.
Ania ainda começou a tentar fugir para a espreguiçadeira, para ela a água parecia estar fria. Mas Marcos conseguiu agarra-la à força levando-a para dentro de água. Depois de mergulharem, voltaram aos braços um do outro dentro de água.
- Está quentinha, doida.
- Mas ao início parecia que estava fria, Marcos.
- És muito friorenta tu - com os movimentos da ondulação (pouca) que se fazia sentir, Ania sentia-se estranha e, por isso, decidiu rodear a cintura de Marcos com as suas pernas.
- Sou e tu sabes bem.
- E tu sabes o que acabaste de fazer?
- É capaz... - Ania levou os seus lábios ao pescoço de Marcos, beijando-o. Desde que Ania perdera o trauma da violação, Marcos descobria uma Ania diferente quando surgiam novas formas de se entregarem um ao outro. Ali, dentro de água, seria uma entrega envergonhada, tímida mas, ao mesmo tempo, mais arriscada e, por isso, com mais desejo em torno dos dois - És muito meu, Marcos - Ania olhava-o com uma intensidade tal que fez com que Marcos se sentisse mais à vontade com Ania naquela entrega.


Ania e Marcos voltavam ao hotel, de mão dada, quando se depararam com um grupo de crianças a jogarem à bola. De imediato, Ania reparou que os passos de Marcos se tornaram mais lentos e que o seu olhar estava preso naquelas crianças.
- Queres ir jogar com eles? - Ania parou em frente de Marcos que, ao ouvir a pergunta da namorada, olhou para ele.
- Não te importas...?
- Claro que não, gordi - Ania colocou-se em bicos de pé (sem saltos, só assim conseguia chegar aos lábios de Marcos) beijando o namorado - Mas não demores...precisamos de um belo duche e ir aproveitar a noite.
- Cinco minutos?
- Cinco minutos - Ania riu-se e Marcos dirigiu-se para junto daqueles meninos. Ania sentou-se numa pedra que estava ali, observando o namorado.
Foi preciso pouco tempo para que os meninos aceitarem Marcos no jogo mas, assim que o fizeram e que Marcos começou a jogar com eles, nunca mais o sorriso saiu dos lábios de todos. Ania percebia o quão felizes estavam aqueles meninos, o quão feliz estava Marcos.
Sem qualquer dúvida que, por todas as características de Marcos, quando fosse pai iria proteger o filho(a) de uma forma intensa, irá amá-lo(a) como nunca amou ninguém. Um filho irá trazer, aos dois, um amor diferente mas muito maior do que aquele que sentem um pelo outro no momento.
Ania deixou escapar umas lágrimas com toda aquela cena que via. Não de tristeza, mas sim de esperança e de vontade de ser mãe dos filhos de Marcos. Viu que ele se despedia dos meninos. Deu um aperto de mão a cada um, acenando-lhes quando estava já perto de Ania.
- Estás a chorar? - Marcos reparou logo que Ania tinha chorado, já que ainda tinha os olhos meio brilhantes das lágrimas.
- Já passou...
- Que se passa, gordita?
- Oh...tu ali com os meninos...mexeu comigo, mas já passou - Ania deixou a sua mão sobre o peito de Marcos, sorrindo - Vamos para o hotel?
- Vamos - Marcos passou o seu braço por cima dos ombros de Ania, aproximando-a para o seu corpo. Deu-lhe um beijo na cabeça e começaram a caminhar rumo ao hotel.


- Eu nem acredito que o fim-de-semana já acabou! - Fazia 48 horas que estavam em Cabo Verde, onde muito amor houve, passeios, praia e uma noite que serviu par não dormirem. Estava calor e as vontades dos dois falaram mais alto e só sobre a madrugada é que dormiram.
- Se eu não tivesse treino amanhã, ainda podíamos ficar mais um dia...
- Temos de voltar!
- Sem dúvida! - no avião ouviu-se a informação que iriam descolar em breve e foi pedido que colocassem os cintos. Os dois fizeram-no e olharam um para o outro - Foi bom, não foi?
- Foi óptimo, amor - Ania pegou na mão de Marcos, beijando-a - havemos de cá voltar...em férias de família.
- Ou lua de mel...
- Ou em lua de mel - Ania sorriu, beijando-o.
A viagem de regresso a Lisboa foi, para eles, mais rápida. Ou então passaram mais tempo a falar e nem deram conta do tempo passar.
O regresso a Portugal era o regresso à realidade e às rotinas. Agora diferentes, agora prestes a mudar e com um "pesadelo" a pairar sobre eles onde iram precisar de todas as forças e toda a união entre os dois para que, no meio de não‘s e sim's os dois se mantenham juntos. 
 
 
Olá meninas!
Aqui ficam com mais um capitulo. Espero que gostem e que deixem os vossos comentários, que são sempre muito importantes.
Quero aproveitar para agradecer a todas aque têm comentado, sabe muito bem ler tudo aquilo que dizem sobre a história e receber o vosso feedback.
Muitos beijinhos.
Ana Patrícia 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

30 - “Achas que é fácil?”

Ania sentia-se completamente perdida. O sonho que tinha, de ser mãe, tinha voltado quando Marcos a ajudou a recuperar do trauma da violação e, agora, voltava a perdê-lo, voltava a não puder ter um único filho.
Estava deitada na sua cama à já duas horas. Chorou no colo de Marcos até que preferiu estar sozinha. Deitou-se naquela cama, pensando na sua vida com um filho, com um bebé fruto da sua relação com Marcos. Esse filho, esse bebé, não iria existir...não iria ser concebido.
- Ania? - Marcos abria a porta com cuidado, falando baixinho.
- Marcos...deixa-me sozinha.
- Não achas que já estás sozinha à muito tempo? - entrou no quarto, sentando-se ao fundo da cama - Ainda não paraste de chorar e...ainda não falaste comigo.
- Achas que é fácil? - Ania sentou-se na cama, virada para Marcos. Os seus olhos estavam inchados, as lágrimas escorriam-lhe pela cara de uma forma descompensada e era visível que estava vazia.
- Meu amor...eu sei que não é fácil. Não te consegui contar antes por não ser fácil...mas há soluções, existem tratamentos e...podemos adoptar - Marcos aproximou-se de Ania agarrando na mão dela.
- Eu...nunca vou conseguir trazer uma vida ao mundo...
- Ei, ei Cinderela, não digas isso.
- É a verdade Marcos. Eu nunca vou conseguir ter um filho no meu ventre, nunca vou conseguir dar-te um filho nosso...resultado da nossa união - Ania fazia pequenos círculos na mão de Marcos, tentando controlar o choro. Ele conseguia acalmá-la mesmo que a sua vida tivesse mudado por completo, conseguia fazer com que ela se focasse nele tentando descobrir como superar tudo.
- Não vamos desistir já, Cinderela. Tens 21 anos, eu tenho 22 e é um sonho dos dois sermos pais. Há tratamentos que podem trazer esse sonho de volta, há formas de sermos pais.
- E...tu queres ficar comigo...? - Ania sentia, um pouco, o desespero a apoderar-se dela...tinha medo de perder Marcos como perdeu o sonho de ser mãe.
- Que raio de pergunta é essa?! Tu estás doida?! - Marcos aproximou-se de Ania, passando a sua mão pela face dela.
- Eu tinha o sonho de ser mãe, de ter um bebé a crescer dentro de mim...de criar uma vida. E eu não vou conseguir fazer isso, eu não vou conseguir realizar o meu sonho agora - Ania passou a sua mão pela cara de Marcos, aproximando-se um pouco dele - o mais natural que poderia acontecer era...era tu deixares-me. Seguires com a tua vida para realizares o teu sonho de ser pai...já que eu não te consigo dar isso.
- Ania...se eu te amo a ti, se eu sou completamente apaixonado por ti e te quero na minha vida para sempre, porque é que haveria de te deixar?
Marcos aproximou-se ainda mais de Ania, encostando a sua testa na da rapariga.
- Então...
- Então nada minha Cinderela - Marcos pegou na mão de Ania colocando-a junto do seu coração - vamos aproveitar o fim-de-semana só os dois.
- Como assim?
- Este fim-de-semana não vou jogar. Estou castigado e podemos aproveitar só os dois. Sem as nossas mães por perto.
- Elas já sabem?
- Não...eu não contei a nenhuma delas sem antes de contar a ti. Só te podia contar a ti primeiro - Ania rodeou o pescoço de Marcos com os seus braços, dando-lhe um pequeno beijo nos lábios.
- Obrigada Marcos.
- De que é que me estás a agradecer?
- Por estares comigo à dois anos, por sermos um casal mesmo com todos os problemas que tivemos e continuamos a ter. Com as coisas da violação, a tua estadia atribulada em Moscovo e agora isto...este impedimento para sermos pais...continuamos juntos, contínuas do meu lado e eu ainda me apaixono todos os dias quando acordo - Ania falava nos olhos de Marcos - neste momento sinto-me completamente vazia e sem nenhuma esperança de futuro, espero que entendas isso...mas eu estou do teu lado, preciso que estejas do meu e que, se há esperança...se há alguma coisa onde nós nos podemos agarrar...nós temos de tentar. Eu quero ser mãe...eu quero tanto ser mãe!
De novo, as lágrimas começaram a escorrer pela face de Ania...havia medo de que não se realizasse aquele sonho, que não pudesse mesmo ser mãe...mas Ania queria agarrar-se à ideia de que seria possível, que é possível, pelo menos, tentar.
- Meu amor - Marcos levou as suas mãos até às bochechas de Ania, tentando enxugar-lhe as teimosas lágrimas que caiam - prometi-te a ti, ao teu pai e a mim mesmo que iria proteger-te e amar-te. Nós não somos casados mas é como se fôssemos. Todos os dias me apaixono por ti também, minha gordita. Todos os dias me ensinas o que é o amor e o que é amar. Isto é só mais um obstáculo na nossa vida mas vamos ultrapassá-lo. Juntos - Ania, de uma forma desajeitada, abriu os braços de Marcos, abraçou-o enterrando a sua cabeça no peito dele.
- Yo te amo, gordi.
- Yo tr amo tambien, mi gordita - Marcos começou a mexer na cabeça de Ania que acabou por adormecer.

No dia seguinte:
Marcos, Ania, Ortencia e Carina estavam sentados à mesa a tomar o pequeno-almoço.
- Amanhã, eu e a Ania, vamos sair e só voltamos Domingo à noite - avisou Marcos a sua mãe e a de Ania.
- Ai vão?! - perguntou Carina, um pouco espantada.
- Sim. Eu estou castigado, não posso jogar e tenho o fim-de-semana livre. E, tanto eu como ela...estamos a precisar - Marcos agarrou a mão de Ania, beijando-a.
- Fazem bem...e deixam aqui as mães sozinhas - disse Ortencia em tom de brincadeira.
- Vocês importam-se? - Perguntou Ania com uma voz mais baixa do que o normal.
- Claro que não! - Disse Carina.
- Vão, aproveitem e não se preocupem connosco.
- E...há uma coisa que precisam de saber... - Ania tinha de contar à sua mãe e a Carina o que se passava. As duas olhavam para Ania esperando que esta continuasse - Os médicos falaram com o Marcos e...bom...vai demorar até serem avós - o espanto estava visível na face das duas - o meu útero ficou bastante frágil e eu, neste momento, não posso ter filhos. Vão ser precisos tratamentos...e vai demorar.
- Eu...eu sinto muito - disse Carina, sem saber ao certo o que tinha de dizer.
- E...como é que te sentes? - Naquele momento, Ortencia estava mais preocupada com o estado psicológico da filha.
- Custa...custa imenso saber que o meu maior e melhor plano para o futuro está adiado. É isso...está apenas adiado mas nós vamos realizá-lo. Todos juntos, com força e muita dedicação...nós vamos conseguir realizar o nosso sonho de ser pais.
- Vamos realizá-lo sim. E esse bebé, quando existir dentro de ti, estará dentro de todos nós - disse Carina, fazendo com que uma lágrima escapasse pelo rosto de Ania.
- E será muito amado e desejado - completou Ortencia.
- Obrigada - era apenas o que Ania conseguia dizer depois de tais palavras.
- Estou mesmo a ver: quando a minha filha vier ao mundo vão andar sempre atrás dela! - falou Marcos, rindo.
- Contínuas a querer primeiro uma menina... - já tinham falado inúmeras vezes sobre filhos e Marcos dizia sempre, sempre que queria ter uma menina primeiro.
- Sabes bem que sim, mãe!
- Podem contar connosco, sempre - garantiu Ortencia.

Mais tarde naquele dia:
- Ania Gottardi, decide-te! - Marcos "reclamava" com Ania por esta não se conseguir decidir onde iriam passar o fim de semana.
- Ai, decide tu...eu não consigo decidir. São destinos diferentes mas todos bons!
- Vou, então, escolher dois - Marcos fechou algumas páginas de internet que estavam a ver, deixando apenas duas abertas - ora bem, temos um destino cá em Portugal e outro fora.
- Sim...mas não pode ser nada muito excêntrico Marcos.
- Certo! Ora temos Algarve, é no sul do país e diz aqui que se come bem.
- Vai estar frio na mesma...
- A segunda opção é sempre a melhor: ilha do Sal em Cabo Verde!
- Marcos...isso é ser excêntrico! Ah e tal vamos ali passar o fim-de-semana a Cabo Verde e já voltamos.
- Ai, qual é o mal Ania? - Marcos fez umas caretas olhando para o computador - temos voo às duas da manhã, falta só o hotel e...já está! Já temos tudo para o nosso fim-de-semana - Marcos fechou o computador, aproximando-se dela. Beijou-lhe a bochecha, de seguida o nariz, terminando com um curto mas apaixonado beijo nos lábios.
- O que é que era a minha vida sem ti?
- Eras uma Ania menos apaixonada e sem mim - Marcos voltou a beijar Ania, rodeando a cintura dela com os seus braços - queres dormir um bocadinho agora ou na viagem?
- Acho que na viagem é melhor...e...Marcos - Ania aproximou-se, ainda mais, dele juntando os seus lábios aos dele levando as suas mãos ao interior da camisola dele. Quebrou o beijo, olhando para ele - estou com vontade.
- Agora?
- Sim...já não fazemos amor à tanto tempo Marcos - Ania aproximou os seus lábios dos de Marcos.
- Já lá vão quase dois meses, já...
- Então... - Ania colocou-se de joelhos, de frente para Marcos retirando-lhe a camisola - não podes é fazer ainda muita força em cima de mim... - Ania riu-se timidamente, aquele jogo de sedução estava a entusiasma-la. Ania e Marcos estavam a ficar com um entusiasmo diferente do habitual.
- Eu não sou bruto - Marcos, com a subtileza que era costume nele, retirou a camisola de Ania, deitando-a sobre a cama - e não podemos demorar muito - Marcos começou a beijar a barriga de Ania, passando para o peito dela terminando com um demorado beijo nos lábios - ainda temos as malas para fazer - Ania levou as suas mãos às costas de Marcos, percorrendo-as com calma.
- Sei bem que és capaz de fazer tudo muito bem em pouco tempo - Marcos sorriu, voltando a beijar Ania.
Eles precisavam de estar os dois naquela intimidade. Precisavam de se abstrair de todos os problemas que os rodeiam e entregarem-se um ao outro de uma forma apaixonada e despreocupada.
Marcos estava sobre Ania, teria de ter cuidado com os movimentos que fazia já que ela, ainda, sentia algumas dores na zona abdominal. Mas Marcos queria fazê-la sentir-se especial, queria que aquele momento fosse especial para eles e que fizesse Ania esquecer, um pouco, tudo.
Marcos movimentava as suas mãos pelo corpo de Ania com calma, tocando nos pontos que sabia que mexiam com as vontades dela: pescoço, seios, anca e coxas. Beijou outros pontos do corpo dela, aqueles que sabia que mexiam ainda mais com Ania: junto da orelha, a barriga e os lábios.
Ania sentia-se dominada por Marcos, sentia que ele a tinha prendido naquele momento e, nenhum dos dois, procurou inverter posições. Ania, apenas com as suas mãos no corpo de Marcos, conseguiu transmitir ao namorado inúmeras vezes prazer e satisfação.

Uma nova fase das vidas deles iria começar. Estavam a começar uma nova fase da relação, uma fase difícil, uma fase que até um pouco revolta trás consigo, mas é uma fase que os irá pôr em prova. É a fase da relação deles que durará como será o futuro deles.


Olá meninas! Aqui têm o capitulo 30! Demorou não foi? Pois...eu sei e peço desculpa por isso.
Estive de férias, com pouca disponibilidade para aceder à internet daí não haverem capitulos. 
Contudo voltei a casa, onde posso publicar tudo o que escrevi, entretanto, para vocês. 
Espero que gostem e que deixem as vossas opiniões.
Beijinhos.
Ana Patrícia.