terça-feira, 21 de janeiro de 2014

20 - "E...se fores embora, Marcos? O que é que nos resta? 4 meses?"

Tinha a certeza absoluta. Era o irmão do Marcos. Era a mesma pessoa que eu tinha visto naquelas fotografias, era o irmão dele que estava desaparecido.
- Marcos... - coloquei a minha mão no fundo das costas dele e o Marcos olhou para mim. Fiz-lhe sinal que olhasse para o outro lado e ele virou-me costas. Deixei a minha cabeça ficar nas costas dele e apertei-o contra mim - vai correr tudo bem. 
O Franco ainda não tinha dado pela nossa presença e só quando o Marcos tocou no ombro dele é que se apercebeu. Percebi que ele estava surpreendido, admirado ou mesmo assustado por estar com o Marcos na sua frente. E perguntou-lhe o que é que estava ali a fazer. Foi praticamente a única coisa que percebi. 

Marcos:

A Ania estava certa. Aquele era o meu irmão, era o Franco. É ele. Está na minha frente e continua na mesma. Não sabia bem o que lhe dizer, mas teria de falar com ele. 
Toquei-lhe no ombro e quando ele se virou para mim...a surpresa no seu rosto não poderia ser maior. 
- Que é que estás aqui a fazer?
- O que é que eu estou aqui a fazer? O que é que achas que eu estou aqui a fazer?
- Como é que descobriste que eu aqui estava? 
- Conheço uma pessoa que se tinha cruzado contigo por aqui. Porque é que ainda não voltaste para casa Franco?
- Porque...estou bem por aqui. 
- Nunca pensaste como é que a mãe tem andado?
- Já...mas prefiro não pensar. Se me vieste pedir que voltasse para casa podes esquecer.
- E, pelo menos, posso pedir-te para conversarmos? Em La Plata, com as meninas e a mãe...
- É assim tão importante?
- Claro que é Franco...podes não achar mas nós ficámos preocupados contigo, a mãe anda sempre preocupada. Ela queria que estivesses connosco e tu não estás.
- O que é que isso mudava, Marcos? 
- Mudava tudo...eu teria o meu irmão, as meninas também, a mãe voltava a ter-nos a todos juntos. Saberias de tudo o que andaste a perder em dois meses. 
- Como ela? - percebi que ele se referia à Ania, já que olhou para ela. 
- Sim...
- É tua namorada?
- Sim. 
- Namorada a sério?
- Sim Franco...é desta que tens uma cunhada.
- Fixa. 
- Sim...
- Mudaste.
- Tu também. Achas que podemos falar noutro sitio? 
- Eu agora tenho de trabalhar. 
- Quando é que sais? 
- Às três da tarde. 
- Podemos vir ter contigo?
- Ela também?
- Gostava que a conhecesses...
- Tudo bem...às três então.
- Obrigado Franco.

Ania: 

Percebi que a conversa não ia demorar muito tempo...o Franco estava a falar com o Marcos ao mesmo tempo que ia fazendo o seu trabalho. Pouco olhava para o irmão e...sinceramente, não sei o que é que isto vai dar. Percebi que falaram de mim...o Franco teve a reacção de olhar para mim enquanto falava com o irmão. 
A conversa acabou...porque o Marcos virou costas ao irmão, sem se despedirem. Ele vinha com um sorriso...não devia ter corrido assim tão mal. Mas não existiu aquele contacto...de irmãos. 
- Então? - perguntei quando ele chegou perto de mim...o Marcos apenas me abraçou, enterrando a sua cabeça no meu pescoço.
- Obrigado. 
- De que é que me estás a agradecer? - ele olhou para mim, colocando as suas mãos no meu pescoço. 
- Porque se não fosses tu, eu não sabia do meu irmão. 
- Podia não ser ele Marcos...eu só fiz o que qualquer pessoa faria. 
- Não sei se isso é verdade...há pessoas más, o que tu não és. 
- Oh...só acho estranho a Noelia nunca o ter visto por aqui.
- Ela vinha contigo para o ginásio?
- Sim...mas pode nunca se ter cruzado com ele. Não sei. 
- Nem eu...
- E agora?
- Agora vamos os dois passear, vamos aproveitar-nos um ao outro e às três voltamos aqui. Ele sai a essa hora e depois vamos com ele falar para outro sítio. 
- Vais...eu fico no hotel. 
- Não. Tu vens comigo. 
- Porque? Eu posso ficar no hotel, vocês têm coisas para resolver, têm assuntos pendentes e se eu não estiver podem falar mais à vontade. 
- Eu falo à vontade contigo por perto...a sério, eu quero-te comigo. 
- Se é isso que queres...eu estou contigo.
- Obrigado - ele voltou a abraçar-me e eu rodeei a cintura dele com os meus braços. 
- Não tens nada que agradecer. 

****

Passámos a manhã pelo centro de Buenos Aires, mas acabámos por vir para o hotel mesmo antes de hora de almoço. Para além de estar imenso calor, estávamos a ser interrompidos a cada passo que davámos. Almoçámos no hotel e, até serem três da tarde, subimos até ao quarto. 
- Ania?
- Sim?
- Achas que podemos falar um bocadinho? 
- Ui...cheira-me que vem aí conversa séria.
- Mais ou menos...eu é que ando aqui a pensar numas coisas e prefiro falar já contigo do que continuar a pensar nelas.
- Que é que se passa Marcos? 
- Senta-te aqui - ele estava sentado no meio da cama e fez-me sinal que me sentasse à frente dele. Assim o fiz e no momento em que estava a ajeitar-me, ele agarra-me pela mão...e isto está a ser estranho para mim...ou muito me engano ou vem daí coisa feia.
- Que se passa, Marcos? 
- Sabes que a minha vida está toda em La Plata, que o Estudiantes é o meu clube, o clube que represento...mas acho que também sabes que isso tudo pode mudar de um dia para o outro. 
- O que é que estás a querer dizer com isso? - aquela conversa toda...estava a parecer-me muito estranho, muito má...parece que a qualquer momento ele me vai dizer que se tem de ir embora amanhã. 
- Não era suposto, pelo menos assim tão cedo, mas é provável que eu saia do Estudiantes no inicio do ano. 
- O que?
- Ainda não é certo, mi amor - ele aproximou-se de mim e eu simplesmente não sabia o que fazer/pensar/dizer. Parecia que um sufoco dentro de mim tinha crescido, que um nó se tinha formado na minha garganta - o meu agente anda a fazer contactos, eles estão interessados e a minha vida ia melhorar com isso...e se eu for contratado por esse clube que me quer...
- É onde? 
- Onde o que?
- Onde é que passas a jogar se trocares de clube?
- Em Moscovo. 
- Na Rússia? 
- É a única cidade com esse nome Ania...
- Como é que consegues estar a brincar com isto?! 
- Porque ainda não é certo. Ainda é tudo muito recente, eles começaram a sondar esta semana e eu estou a contar-te porque és minha namorada e tens de o saber. 
- E...se fores embora, Marcos? O que é que nos resta? 4 meses?
- Não! Obvio que não!! Ania, se eu me mudar para lá...é óbvio que quero que vás comigo. Eu não penso sequer em ir para lá sozinho. Não faz sentido. 
- E queres que eu apague tudo o que tenho aqui em 4 meses? Logo agora...com o projecto que está a crescer? 
- Se eu te pedisse para ires comigo...não ias? 
- Não sei Marcos. Não sei...quando é que tens certezas? 
- A qualquer momento...mas se sair é só em Janeiro. 
- Não quero...
- Eu já sabia que não devia ter contado nada...não queria que ficasses assim.
- Se não me contasses era pior. Prefiro saber hoje do que um dia antes de te ires embora.
- Eu nunca te iria contar nada um dia antes...
- Eu sei... - a sensação de que ele irá estar sempre a pensar no nós...fez com que um sorriso viesse aos meus lábios. Rocei o meu nariz no dele, encostando as nossas testas. 


- Daqui à Rússia são quantas horas de diferença, Marcos?
- São sete...
- A sério?
- Sim...
- Se tu fores para lá...e acabarmos...
- Eu não quero acabar contigo. Não! 
- Não vamos conseguir ter algo com montes de países a separar-nos...
- Vamos Ania...se for para lá o campeonato só começa em Março porque há a paragem por causa do inverno. E depois até Junho é rápido. E podes ir lá...e eu cá. Era uma oportunidade única.
- Então só tens de a aproveitar Marcos...eu estou contigo a todo o segundo.
- Costuma-se dizer "a toda a hora".
- Mas eu não quero estar contigo de hora a hora. Eu quero estar contigo todos os segundos. 
- E vamos estar juntos todos os segundos, Cinderela.
- Tenho medo...
- Eu estou contigo e não faço intenções de não estar. Serei sempre o teu príncipe e tu a minha Cinderela. 
- Quero chegar ao dia em que serei a tua rainha e tu o meu rei. 
- Ya eres mi reina.
- A sério...?
- Claro que sim...tenho mais que certezas que tu és a rapariga, a mulher da minha vida. Não faz qualquer sentido que nos separemos, que deixemos de estar juntos. Não faz sentido eu deixar de te amar porque isso seria deixar de viver. 
- Marcos...
- Eu não espero respostas, não espero discursos da tua parte. Não quero que o faças só porque te sentes pressionada ou assim. Quando achares que o tens de fazer...quero ser o primeiro a ouvir. 
- Serás...prometo que serás o primeiro a ouvir.
- Quero-te tanto para mim, Ania...
- Marcos...eu ainda não consigo...desculpa. 
- Ei! Eu não estou a falar disso. 
- Vais dizer que não queres? 
- Não...cada toque teu faz-me fervilhar por dentro...mas eu respeito-te, devo-te isso. 
- Desculpa.
- Não...não me peças desculpa.
- Desculpa... - acabámos por nos rir os dois e iniciámos ali uma troca de beijos mais...nossa. Ele sabia que não iria ter muito mais, eu não estou preparada para isso, nem tão pouco tenho vontade de me envolver com alguém. Não me sinto atraente o suficiente para ser desejada por um homem. 

Marcos:

Há conversas que se têm de ter mais cedo do que se espera...não estava a contar com a possibilidade de sair de La Plata nos próximos meses. Não tinha intenções disso...não agora que as coisas estavam a crescer, a aumentar e a tornarem-se...reais. 
Pela primeira vez sei que tenho de começar a fazer a minha vida. A criar a minha história, a criar recordações, momentos e sentimentos. A Ania veio fazer-me isso. Veio dar-me a necessidade de ser homem, de ser namorado, marido, pai, romântico, mais trabalhador e esquecer aquele rapaz rebelde que, em parte, era. 
A noite tinha sido complicada para os dois...e a Ania acabou por adormecer. Estava na hora de ir ter com o meu irmão...e não a acordei para ir comigo. Ela precisava de descansar. 
Peguei num papel, numa caneta e escrevi-lhe um recado:

Mi reina, estava na hora de ir ter com o Franco e tu adormeceste. Espero que a conversa não demore muito tempo e que ainda consiga chegar a tempo de jantarmos todos juntos. Sim, a minha esperança é trazer o meu irmão comigo, jantarmos juntos e regressar com vocês os dois para La Plata. Besos, mi amor. Te quiero mucho.

Deixei o bilhete junto dela, dei-lhe um beijo ao de leve na bochecha e sai do hotel. Demorei cerca de 15 minutos a chegar ao ginásio onde o Franco trabalha e, assim que cheguei junto da porta, ele já estava lá. Olhava-me, sereno, e aproximou-se de mim. 
- A tua namorada não veio?
- Adormeceu...foi uma noite complicada. 
- Dispenso pormenores, Marcos. 
- Não é nada disso que estás a pensar. Eu e ela estivemos acordados por tua causa. 
- Porque? Estavas a pensar em mim e decidiste fazer-me um sobrinho? 
- Franco...as coisas com ela são diferentes.
- Que tal irmos para outro lado?
- É melhor, sim é melhor. 
Caminhámos em direcção de uma pastelaria que existia ali perto, entrámos e pedimos apenas dois cafés e duas garrafas de água. 
Percebi que ele não se estava a sentir muito pronto para iniciar uma conversa, pelo que fui eu que comecei:
- Porque é que desapareceste?
- Precisava de espaço...
- E para isso tinhas de sair de casa? Nós podíamos dar-te esse espaço, podíamos ter-te ajudado. Todos nós sofremos, todos nós precisávamos de espaço. Mas não foi por causa disso que fugimos. Ficámos todos juntos. 
- Vocês nunca me iam compreender...vocês julgavam as minhas atitudes, as companhias, a minha vida. Eu sei que queriam o meu bem, mas eu na altura queria viver daquela maneira. 
- Eu não te julguei Franco...nunca o faria, nem o farei. 
- Pelo que fizeste? 
- Em parte...
- A tua namorada sabe? 
- Eu estou com ela à cinco dias Franco...há tanta coisa que ainda lhe tenho de contar, tanto defeito meu que ela não sabe. Tenho medo de lhe contar que na altura em que o pai morreu...o Marcos também desapareceu. 
- E dizes tu que ela é tua namorada fixa...estás com ela à cinco dias Marcos! 
- Estou a falar a sério...a Ania trouxe o Marcos de volta. Aquele que queria ser pai, que queria construir família, que quer...viver. 
- E quando é que pensas contar-lhe...o que aconteceu? 
- Não sei Franco...sinceramente não sei. Tenho medo que depois ela se afaste. 
- Não mataste ninguém.
- Foi quase. 
- Marcos, tu não tens culpa do acidente. 
- Tenho. Franco, se eu não tivesse consumido e depois tivesse bebido...eu não tinha tido o acidente. 
- Mas não tiveste culpa que o carro com que bateste estivesse parado sem sinal. 
- Mesmo assim...a culpa é minha.
- Mano... - desde que ele se tinha ido embora...era difícil falar com alguma das meninas da casa em relação a este acidente. A verdade...é que não é uma fase muito boa da minha vida, nem tão pouco a mais feliz. O Franco sempre foi o único que me falou acerca disso e...hoje é ele que me está outra vez a falar disso...como se nada se tivesse passado desde o seu desaparecimento - chega de te culpares por tudo o que se passou. Chega. Já passou, cumpriste o teu castigo, todas as pessoas envolvidas estão bem. Seguis-te com a tua vida...mas deves contar isto à minha cunhada.
- Já me chamaste mano...referes-te à Ania como tua cunhada...volta para casa Franco. 
- Não sei...isso eu não sei Marcos. 
- Voltas a recomeçar a tua vida. Arranjas emprego lá, ou voltas a estudar. Voltas para a nossa casa...e...podes sempre voltar para a Estela. 
- A Estela já nem se deve lembrar de mim. 
- Estive com ela no outro dia.
- A sério?
- Sim...ela ainda gosta de ti. 
- Como é que sabes disso? 
- Porque...ela continua com aquele brilho nos olhos quando fala de ti. 
- Não faças filmes! 
- Não os estou a fazer. 
- Não...que ideia. 
- Volta para casa - ficámos algum tempo só a olhar um para o outro...percebi que ele pensava e pensava muito.
- Não posso ir assim...de um dia para o outro. 
- Eu espero por ti. 
- Não...eu prometo que no fim da semana estou em La Plata...para recomeçar. 
- Prometes mesmo, Franco?
- Prometo, Marcos. 
Maior felicidade que esta? Impossível! O meu irmão vai, finalmente, voltar para casa. É tudo o que nós mais queremos desde que ele desapareceu. Desde que ele se afastou de nós, desde que ele...desistiu de viver connosco. 

Saímos de Buenos Aires com a certeza de que o meu irmão vai voltar para La Plata. Um dos objectivos desta viagem estava conseguido. Acho que todos se conseguiram realizar. Tinha dado para falar com a Ania sobre nós, sobre a possível ida para Moscovo...tudo estava a começar a ficar no sítio. 
Tudo...menos esta conversa do acidente. Sabia que o Franco estava certo: tinha de lhe contar tudo da minha vida. Ela é parte de mim e tem de o saber. 
Depois da festa que as minhas irmãs e a minha mãe fizeram quando chegámos a minha casa (não lhes disse que o Franco ia voltar por querer que fosse surpresa), fui com a Ania até ao meu quarto...precisava de ter esta conversa com ela mesmo antes de a ir deixar a casa dela. 

Ania:

Tinha ficado super feliz por perceber que o irmão do Marcos ia voltar para casa. Conheci-o, falámos um bocadinho (pouco mais de meia hora), dando para perceber que é igual ao resto da família. 
O regresso a La Plata foi tranquilo mas...novamente aquela sensação de que vamos ter outra conversa séria...não me deixa confortável. 
Fomos até ao quarto dele...e a confirmação de que era algo sério chegou. O Marcos não parava quieto...e olhava-me como que procurando maneira de começar a falar. 
Eu estava sentada na beira da cama, quando ele se ajoelhou à minha frente, agarrando-me nas pernas. 
- O que eu te vou contar...é parte da minha vida. Aconteceu quatro meses depois de o meu pai morrer...e eu nunca irei criticar o Franco por se ter ido embora...eu também desapareci da vida deles durante esses quatro meses.
- Tu deixaste os teus irmãos e a tua mãe?
- Não...não foi no sentido físico...o psicológico é que nunca andava cá.
- O que é que se passou contigo...gordi? - percebi que iria mexer muito com ele...sabia disso porque já o conheço e o facto de o Marcos estar quase a chorar...dá-me um nó na garganta. 
- Sabes que há gente em La Plata...que não está na melhor vida. Há pessoas que nos aparecem na vida e a mudam. Como tu mudaste a minha à cinco dias...alguém mudou a minha pouco depois da morte do meu pai. 
- Como?
- Comecei a andar com companhias mais...estranhas. Comecei a sair mais à noite, comecei a beber mais...e comecei a consumir. 
- Droga? 
- Sim...sei que não me deves estar a achar o melhor namorado do mundo...e as coisas a partir de agora ainda podem piorar. Um dia...ao fim desses quatro meses, eu tinha consumido muito...e bebi ainda mais. Fui estúpido e peguei no carro. Acabei por ter um acidente, as pessoas que iam no outro carro sobreviveram, mas um deles ficou com problemas na coluna. Não está paraplégico por um triz. Vais acabar tudo comigo, não vais? 
Como é que eu podia acabar com ele? Só pode estar a ficar doido daquela cabeça é o que é! Acabei por puxar a cabeça dele para junto de mim, encostando as nossas testas. 
- Nunca conseguiria acabar contigo por nenhuma razão. E muito menos por esta. 
- Como não? Como é que me estás a falar na boa? O que eu te acabei de contar...
- Eu também já consumi Marcos. 
- Hã...? Tu...?
- Sim. Os meus pais não sabem...só tu.
- A sério? 
- Sim. 
- Porque é que o fizeste? Posso..saber?
- Claro...foi depois da violação. Acho que ambos...consumimos para esquecer. 
- Apanhaste-me desprevenido...
- Vais acabar comigo?
- Claro que não...quem sabe um dia ainda...fazemos qualquer coisa juntos. 
- Marcos! 
- Estou a brincar! Mas...nunca se sabe. 
- Não sejas parvo! 
- Desculpa...desculpa. 
- Marcos...ficaste com marcas do acidente? 
- Estão tapadas. 
- Tapaste...com tatuagens? 
- Sim. Estavam no braço e iam até às costas. As das costas ainda se vêm um bocadinho foi por causa do vidro do carro...andou às voltas e depois para sair de lá raspei nos vidros. 
- Posso ver? 
Ele nada disse...não me disse sim ou não. Apenas se sentou no chão, virado de costas para mim. Ele despiu a camisola...e apaixonar-me mais por ele é possível? É que isso acabou de acontecer. 
Conheço o corpo do Marcos mesmo sem nunca te-lo visto assim...sem roupa. Mas...é perfeito à maneira dele. As cicatrizes estavam lá. Eram pequenas e quase que não se vêm. Percebi que no braço eram mais, mas com as tatuagens quase que nem se vêm. 
Não resisti e toquei-lhe...toquei no Marcos...sem camisola. Esta proximidade...aconchegava-me. Sentei-me atrás dele e agarrei-o para mim. Percebi que o Marcos chorava...tinha caído uma lágrima dele na minha mão...e foi então que lhe comecei a beijar as costas. 
Percebi que estava a entrar por um caminho que...podia levar a outras coisas, mas o Marcos faz disto. Que eu haja sem pensar. Que eu faça o que acho melhor. Estávamos...a sentir aquele momento só para nós...quando...
- Marcos? - a Micaela entra no quarto, sem esperar que respondêssemos - desculpem eu não sabia que vocês me iam fazer um sobrinho! - ela fechou a porta...e esta tarde ainda vai ficar mais animada. 

6 comentários:

  1. Olá

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii , está simplesmente fantástico !

    Ele finalmente reencontrou o irmão , gostei tanto *_* Gosto do Marcos e da Ania, eles são tão fofinhos :)
    Se ele for para a Rússia ela tem de ir , com ele ..... não se podem separar :)
    E bem a história dele ter consumido droga .... uau ele com medo e ela afinal também já tinha consumido, e o que importa é que são águas passadas e agora estão os dois bem e juntos.

    E agora esta no fim, deu-me para rir, a Micaela é demais xD


    Próximo !!!!!!!!!!!!!


    Beijinhos


    Catarina

    ResponderEliminar
  2. Ola!!!!
    Ameeeiii!!
    Perder o interesse? Nunca!
    Era o Franco! Era o Franco! E ele vai voltar!! Pelo menos foi o que ele disse! Espero que seja isso mesmo que vai fazer!
    Agora Agora aquela conversa entre o Marcos e a Ania sobre a ida dele para Moscovo no me gusta muito! Mas lá vai ele ter de ir! Agora tou pa ver como vai ficar a relação deles?! Tem de ficar bem apesar de ser complicado porque eles se amam!
    Agora esta conversa final deixou-me :o até ao fim do capitulo! Eles já consumiram os dois :o esta eu não esperava! Ms eles acabarem por causa disso era muito mau e não era o certo! Cometeram o mesmo erro mas faz parte do passado! E o marcos ainda brincou com a situação!
    Agora esta cena final com a Micaela foi engraçada! Agora tou pa ver como é que a tarde vai ficar mais animada!
    Prôxxiimmmooo!!
    Besos guapa!

    ResponderEliminar
  3. Adorei quero o proximo.bjs

    ResponderEliminar
  4. Olá. Até que enfim um capitulo desta fic sobre o Rojo ;)
    Amei e nunca vou perder o interesse nesta fic porque amo-aaaaaaaaaaaaaaaa *.*
    Amei ver o reencontro entre os manos Marcos e Franco e espero que o Franco deixe de ser casmurro e volte para ao pé dos seus :)
    Agora sobre a conversa sobre a ida para a Russia...sinceramente não me agradou porque eu não quero ver o casalinho separado :(
    Agora nunca pensei que eles tivessem consumido droga...estou KO :O...e espero que não se separem por causa disso :/
    Agora fartei-me de rir com a cena final porque a Micaela é muito esperta :p
    Espero pelo próximo bjs

    ResponderEliminar
  5. Ola :)
    Primeiro de tudo um pedido de desculpas pelo atraso.
    Os meus meninos são lindos ne? Nunca perdem a essência *.*
    Há Franco yeah e melhor há Franco com Estela *o*
    Moscovo, feia coisa. Mas podem ter quilômetros a separa los fisicamente, mas os corações vão estar sempre juntos.
    Droga os meus torroesinhos consumiram, é passado! Vira um futuro cheio de coisas boas e sem droga.
    Fazer sobrinhos não é nada mal pensado , sobretudo se for uma sobrinha. Mica Rojo está sempre à altura.
    Espero o próximo <3
    Beijo, * Rita

    ResponderEliminar
  6. Olá! Bons dias!
    Bem que capitulo cheio de novidades!
    O Franco vem aí? Esperemos que seja para tudo ficar melhor!
    Moscovo? Moscovo é frio portanto é melhor os meninos começarem a arranjar novas formas de se aquecerem, se é que me entendem!
    E este passado do Marcos? Bem, nao podia mesmo imaginar!
    E esta parte final? Estes dois...esquenta e alguem aparece para arrefecer xD
    Espero o proximo!

    Beso
    Ana Santos

    P.S. 5 dias...o que pode acontecer em 5 solitarios dias...

    ResponderEliminar